A diretora executiva do RenovaBR, Irina Bullara, conversa nesta terça-feira (14) com o físico Roberto Kraenkel, do Instituto de Física Teórica da Unesp, que trabalha com modelos matemáticos ligados à ecologia e à epidemiologia.

Com colaboradores da USP e da UFABC, Kraenkel usa dados oficiais para acompanhar a evolução da epidemia do novo coronavírus no Brasil.

O bate papo será gravado e apresentado na íntegra aos alunos do RenovaBR. Os melhores momentos da conversa serão exibidos nos próximos dias em nossas redes sociais.

A física e a matemática têm ajudado e muito a busca pela cura do novo coronavírus, como têm contribuído, principalmente, para o entendimento da evolução inicial da disseminação da doença, algo fundamental para o planejamento de ações de saúde pública.

Uma das medidas governamentais mais severas para reduzir o contágio da doença no mundo todo, o isolamento social, foi resultado da matemática. Para sermos mais exatos, é o resultado do que os especialistas chamam de curva epidêmica.

Muito utilizada pelos pesquisadores e epidemiologistas, a curva representa em um gráfico simples como as doenças atingem diferentes populações e gera uma estimativa do número de casos em um período de tempo.

A partir dos dados científicos, o isolamento social foi a maneira encontrada para diminuir a disseminação do coronavírus, “achatar” a curva epidêmica e evitar o colapso dos sistemas de saúde.

Ao mesmo tempo, o isolamento mostrou resultados positivos em diferentes países do mundo que o implantaram, ainda nos primeiros casos confirmados, como medida emergencial.